Filipe Luís revelou curioso pedido de Diego durante gestão Paulo Sousa: “É questão de caráter”
Após a saída de Jorge Jesus, o Flamengo enfrenta dificuldades em manter uma sequência com um treinador, resultando em várias trocas de comando. No entanto, Filipe Luís acredita que essas mudanças não foram equivocadas.
“O clube não estava preparado para a troca, o clube estava feito para Jorge Jesus, do jeito dele. De repente, você tem que mudar tudo e fazer algo novo. Eu não acho que erraram (nas trocas), era insustentável, os caras não aguentavam mais. Como iriam manter um treinador que ninguém aguentava mais?”, afirmou em entrevista ao Charla.
Ao analisar individualmente cada treinador que o sucedeu, o ex-lateral-esquerdo mencionou as dificuldades enfrentadas por eles, destacando especialmente que Domenec Torrent foi o que enfrentou mais comparações com JJ.
“O Domenec poderia ser o Guardiola, depois do Jorge Jesus era muito difícil que ele tivesse dado certo. Eu e todo mundo comparávamos tudo. Era tudo aos trancos e barrancos. Trocaram, porque a torcida não queria mais. Veio o Rogério, ganhamos o Brasileiro, Supercopa, Estadual… lesões, time perdendo, não dá mais, trocaram. Renato veio, bem demais, recuperou os jogadores, perdeu a final, não vale nada, trocou de novo”, disse.
“Veio o Paulo Sousa, foi muito difícil, veio com uma ideia pré-concebida, uma coisa determinada na cabeça dele e não deixou o campo falar. Time não estava bem, as pessoas não sabem o que é o Flamengo, é um clube muito difícil, Dorival já sabe, arrumou o time. No final, o time caiu um pouco, mas é difícil”, seguiu.
“O Vítor Pereira, um mês depois de treino, vem a Supercopa e perde. Se tivesse ganho, o Mundial de Clubes seria diferente. Quando você começa a perder muito, seu trabalho perde credibilidade, você mesmo para de confiar no grupo, vê fantasmas… torcida não aguentava mais o Vítor Pereira. Até acho que ele em outro contexto teria dado certo”, completou.
Em relação a Paulo Sousa, Filipe reconheceu que a situação era insuportável, apesar dos jogadores se unirem para tentar alcançar bons resultados.
“Paulo Sousa estava superdifícil, todo mundo puto com ele, eu lembro do Diego chegar no meu quarto e falar: ‘Fili, está todo mundo puto com ele, mas vamos lutar até o final, porque é o que diz o nosso caráter. Nós temos que lutar por esse cara até o final, não cabe a nós chegar na diretoria e falar dele, nós vamos lutar por ele até o último segundo’. Paulo Sousa pode até não saber, mas o maior líder por ele defendeu até o fim”, falou.
“Não deu certo, mas o Paulo Sousa não dava mais. Naquele momento que ele foi mandado embora, era preocupante a nossa situação, perto da zona de rebaixamento. Talvez, se tivessem trazido várias contratações para ele. O Sampaoli, o conteúdo dele era espetacular, a gestão de grupo dele não foi boa”, acrescentou.
Com Vítor Pereira, as lembranças foram diferentes. “Eu conversei com alguns jogadores do Corinthians que falaram que ele tinha alguns problemas de relacionamento.
“Mas conosco não tenho nada para falar dele, foi uma pessoa excelente, grande profissional e não deu certo. Eu não acredito nessas coisas sobre o ambiente. Eu acredito que tenha pesado as derrotas de semifinal no Mundial. Ele tentava, mas o time não encaixou. Eu e ninguém temos nada para falar do VP, ele foi um senhor”, finalizou.